Viagem ao Sul – Julho de 2.013
Caros parceiros e amigos Wlamir, David, Mauro e Léo
Dias inteiros e longos de marcha, paradas de merecido descanso,
braços segurando o guidão e olhos na estrada e nos companheiros, e quando
conseguimos, no parceiro David. Assim descobrimos a felicidade de transformar
distâncias em tempo. Um tempo durante o qual aprendemos a compreender melhor as viagens de
moto, a admirar, meditar e conversar com a fantástica natureza que nos rodeia e
a não brigar com os maus caminhos.
Ao transformar o medo em respeito, o respeito em confiança,
descobrimos como é bom chegar, quando se tem paciência. E para se chegar, onde
quer que seja, aprendemos que não é preciso dominar a força, mas a razão. É
preciso, antes de mais nada, querer. Querer é poder.
Alguns dos nossos amigos e parentes se surpreendem; outros não
conseguem compreender nossa viagem, uns nos
desacreditam com a vontade de ir conosco
e os mais conservadores, não a aprova. Muitos me dizem: gosto de viajar, mas de carro; voces passam
todo esse tempo sofrendo por essas estradas; quando param, transpiram. Quando
seguem, sofrem com o frio e/ou chuva.
Claro que nós, durante esse tempo, poderíamos ter ficado em casa
confortavelmente. Talvez numa varanda, balançando numa rede, poderíamos ter
feito uma grande viagem, sem ter que percorrer quase 3.000 quilometros nestes cinco dias de jornada.
Mas, de nada serviria. Não teríamos chegado a lugar algum. Não
teríamos voltado. E não teríamos provado a nós mesmos muitas coisas.
Nós, afortunados motociclistas, pensamos de outra forma. E foi
assim, com estes pensamentos que, vitoriosos, voltamos para casa, numa noite nublada
e chuvosa, final do dia 09 passado.
Mas os sonhos de novos passeios, viagens e aventura não param. São
eternos.
Dão – nos força e coragem para seguir em frente na estrada da vida.
Pelo menos, isto é o que acontece com os viajantes e aventureiros de alma e
coração.
Mesmo sem viajar, a mente nos leva com facilidade assombrosa, por
distantes e desconhecidos caminhos. Feliz aquele que consegue levar à prática,
a realização de seus sonhos e, sempre chegando.
Como diz Amir Klink: não basta concluir um trajeto, temos que
chegar em casa.
e nós cinco chegamos.
Abraços